quinta-feira, 14 de junho de 2012

Busca...


Desde ontem estou em uma busca incansável por coisas antigas (sou uma nostálgica e acumuladora assumida) … 
Tudo começou ao acaso, quando encontrei um cd com fotos tiradas há pelo menos 6 anos, rever tais fotos trouxe um sentimento único, inexplicável, foi como se um pedacinho dos momentos retratados, voltassem a cada foto vista. Desde então comecei a revirar a casa, em uma procura quase que agoniante pelo passado, como se a cada novo achado viesse um pouquinho de mim, um pouquinho de um "eu" que perdi. 
Comecei na prateleira de cds e dvds, onde tenho vários backups de computadores que já nem tenho mais, encontrei fotos, músicas, textos… Então aquele, antes amargo, gosto de passado, tornou-se em um viciante e delicioso doce. Poder ver o que você fazia, ler o que você pensava e ouvir o que você escutava há anos atrás, é como um agradável encontro com você mesma. Não que eu tenha mudado horrores, as músicas e pensamentos são basicamente os mesmos, o exterior mudou muito (graças a Deus!!!), mas a essência não sofreu grandes mudanças, claro que com o passar dos anos muito se perdeu e muito foi acrescentado nessa essência, talvez por falta de tal "perda" fiquei tão alienada em busca de objetos e lembranças guardados, praticamente esquecidos. 
Passei das prateleiras para o porão, onde tinha algumas caixas lacradas e ignoradas, mudei há cerca de 1 ano e meio e desembalei o básico, o necessário, algumas coisas ficaram esquecidas, guardadas (principalmente as que já haviam sido guardadas desde a moradia anterior ), assim como a vida que ficou para trás. 
Mas hoje, violei o lacre do passado e deixei as lembranças voarem para fora daquelas caixas abandonadas. 
Cada achado era uma emoção diferente, alguns me fizeram rir, outros engasgaram minha garganta de saudade e outros pareciam inconformados pelo esquecimento. Encontrei uma caixinha de madeira, que eu mesma pintei há muitos anos, a mesma não queria abrir de maneira alguma, como se o passado quisesse ficar lá guardado, talvez por estar ressentido, por anos de abandono, por fim, conseguir abrí-la trouxe uma sensação maravilhosa, mesmo que nada (físico) de muito importante estivesse lá dentro.
O fato é que cada objeto trazia um pouco de um "eu" que venho buscando há tempos. 
Tinha tanta saudade de mim mesma que doía e esse "encontro" matou um pouco dessa saudade, é claro que como o passado, esse "eu" não volta nunca, mas é sempre bom relembrá-lo, não que eu me ache pior agora, para ser sincera nem melhor, só diferente e o diferente as vezes assusta. 
As vezes é bom relembrar quem você era e rever quem você é, para filtrar só lado bom dessas "duas pessoas" e tornar-se uma melhor. 

As vezes sinto tanta falta de mim, que fico buscando pelos quatro quantos casa e da alma.
“Você não é a mesma de antes. Você era muito mais ‘muitaz’. Você perdeu sua ‘muiteza’”
Alice no País das Maravilhas de Tim Burton

5 comentários:

  1. Essa menininha do meio é você?????????

    Eu só tive a certeza de que não era a manu pela roupa...porque senão passaria despercebido até pra mim!!! rsrs

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    1. rsrsrsr sou eu sim, aí não dá pra ver os olhos pretinhos, diferentes dos azuizinhos da manu rsrs, mas realmente está bem parecida!!!

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  2. ai que Lindooo Flá ,realmente é bom lembrar da gente antes,nos tempos em que a gente só se preocupava em qual cor pintar um desenho,e ficarmos horas fazendo um presentinho de dia das mães,que era tão simples mais com todo o amor que tinhamos por dentro,adorei,lindaaaas suas fotos de infãncia,não tenho muitas só tenho 2 fotos,uma de bebê e uma com 4 anos,mais essas fotos faz a gente lembrar a vida que foi passando ao longo dos anos,e como aquelas simples coisas que nos deixavam felizes,vão ficando esquecidas
    adorei
    beijokas
    Danny

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  3. Nossa Flavinha que lindo.Eu tenho muito pouco do passado.Só fotos e agendas onde eu acabava usando como diário,cartas antigas,e lembranças poucas.A nossa vida corrida apaga um pouco nossa memória.Tenho tudo dentro de uma mala que costumo chamar de mala de lágrimas e não costumo abrí-la de jeito nenhum rsrs.Mas quando buscamos o passado sempre encontramos algo maravilhoso e algo terrível nele,assim como será amanhã.
    A foto do meio esta igualzinho a Sophia rsrs.Te amo ♥
    Katia da Laurinha

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  4. O Flavinha, olhar para as coisas que guardamos nos faz lembrar como éramos...mas tb nos traz de volta ao presente...e com ele percebemos que tudo esta amalgamado no que somos hj. Aprendi que somos diferentes a cada minuto...são zilhóes de células se renovando, idéias surgindo, e uma infinita quantidade de coisas q nos mostram q crescemos...
    Amei as fotos!!!
    Bjo no coração!!!
    TAnia

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